Understanding and Teaching "Auto da Compadecida" by Ariano Suassuna
Explore the characters, themes, and literary elements in "Auto da Compadecida" by Ariano Suassuna, offering guidance on discussing the book in the classroom. From analyzing the cover to delving into the satirical and humorous aspects of the play, this instructional material provides insights into the work's historical context and critical reception.
Download Presentation
Please find below an Image/Link to download the presentation.
The content on the website is provided AS IS for your information and personal use only. It may not be sold, licensed, or shared on other websites without obtaining consent from the author. Download presentation by click this link. If you encounter any issues during the download, it is possible that the publisher has removed the file from their server.
E N D
Presentation Transcript
DISPARADOR DE INTERESSES DISPARADOR DE INTERESSES AUTO DA COMPADECIDA PROFESSORA T LITA BORGES
Orientaes para o (a) professor (a): 1. A partir dos elementos presentes na capa (da edi o 35 da Editora Agir) do livro Auto da Compadecida , de Ariano Suassuna, apresentar os personagens principais da obra (Jo o Grilo, Chic , Encourado, Manuel, Compadecida, Compadecida, Padeiro, Mulher, Xar u o cachorro da Mulher do Padeiro). Na sequ ncia, perguntar aos alunos ao que remete o cen rio presente na capa do livro. Espera-se que eles identifiquem o picadeiro de um circo. Comentar o motivo pelo qual o autor escolheu o picadeiro para a encena o da pe a. Conversar com os alunos sobre a adapta o cinematogr fica hom nima feita pelo diretor Guel Arraes (primeiramente para uma miniss rie e depois para o cinema), perguntar-lhes se conhecem o filme e/ou a miniss rie. Explicar que existem diferen as entre o texto teatral e a pel cula (a adapta o tem trechos da obra O santo e porca , tamb m de Ariano Suassuna. 2. Com o aux lio de slides, discutir com os alunos o uso do tempo cronol gico no desenrolar dos fatos, o espa o do enredo (Tapero , interior da Para ba), o g nero da obra (texto teatral) e, por conseguinte, a estrutura textual (este momento primordial, pois a inten o fazer a leitura dramatizada da obra. Logo, faz-se necess rio diferenciar o g nero dram tico do g nero narrativo, esclarecer a import ncia das rubricas de interpreta o e movimento, explicar a fun o da personagem Palha o como mestre de cerim nias para o desenvolvimento da narrativa. Aseguir, discorrer sobre a finalidade da obra e sobre a escolha do t tulo, explicar que o autor ao longo da obra faz uma cr tica Igreja Cat lica enquanto institui o. 3. Propor que durante a leitura tentem identificar essa cr tica e como ela dialoga com o t tulo do livro: Por que Auto da Compadecida e n o Auto do Jo o Grilo , j que as a es principais da obra giram em torno das perip cias vividas, planejadas e executadas pela personagem Jo o Grilo?
Disponvel em: https://d1pkzhm5uq4mnt.cloudfront.net/imagens/capas/_6248286ff7e3383865255697a6e2fab0e9611c1e.jpg
Gnero G nero da da obra obra: : Dramaturgia (texto teatral) Finalidade Finalidade da bem humorizado, o autor satiriza algumas situa es sociais, permitindo que o leitor reflita sobre o a postura diante das rela es, da mentiras e hipocrisias, materialismo. Sendo texto dram tico, tem como finalidade a da obra obra: : Com um ritmo de cordel da religi o e do encena o.
Auto: Um aspecto interessante, neste caso, explicar o significado da palavra Auto: Um aspecto interessante, neste caso, explicar o significado da palavra Auto, segundo o Dicion rio Eletr nico Houaiss: segundo o Dicion rio Eletr nico Houaiss: composi o aleg rica ou sat rica em voga composi o aleg rica ou sat rica em voga nos s culos XV e XVI, de cunho m stico, pedag gico ou moral, que representa e nos s culos XV e XVI, de cunho m stico, pedag gico ou moral, que representa e desenvolve os g neros do teatro medieval europeu . desenvolve os g neros do teatro medieval europeu . Auto, O tema e o t tulo do livro: O tema e o t tulo do livro: O t tulo a palavra auto faz alus o ao teatro; a palavra compadecida faz refer ncia m e de Jesus, que participou do julgamento final, atendendo ao chamado de Jo o Grilo. O tema - o interesse do homem comum em vantagens materiais, tendo vidas regidas pelo dinheiro e a f dos cat licos, o autor usa um tom bem humorado na obra que din mica e apresenta personagens que bem representam a sociedade brasileira.
Foco Foco narrativo narrativo: : No texto dram tico, que escrito para ser encenado, a rigor n o h narrador, pois o enredo se desenrola pela a o dos personagens no palco. Enquanto lido, pode-se afirmar que existe um narrador-observador que faz as interven es nos di logos por meio de rubricas. No caso de Auto da Compadecida, existe um narrador que o palha o. Caracteriza o Caracteriza o dos dos personagens personagens: : nesta pe a teatral o n mero de personagens n o t o grande, mas h muita a o de cada um e caracter sticas bem definidas, quase caricatas e pretendem enfatizar marcas de car ter para permitir por parte do leitor ou da plateia a reflex o sobre os temas expostos.
O Palhao: Como a pea escrita para ser encenada em forma de teatro de rua, o palha o atua como um apresentador, entrando e saindo da trama e conversando com o p blico. Jo o Grilo: Um homem pobre e astuto que vive arranjando confus es. Trabalha para o Padeiro e o melhor amigo de Chic . Usa de sua intelig ncia para sobreviver. Chic : medroso quando se trata das confus es de Jo o Grilo. Gosta de contar hist rias. Tamb m trabalha para o Padeiro e o melhor amigo de Jo o. O padeiro: Homem avarento, dono da padaria de Tapero . Esposo de uma mulher infiel. A mulher do padeiro: Mulher ad ltera que se diz santa. Gosta de animais e interesseira. Assim como o marido, muito avarenta. Padre Padre Jo o dos mais poderosos, avarento e usa de sua autoridade religiosa para obter lucro material. Jo o: : Padre que chefia a par quia de Tapero . Age conforme os interesses
Bispo Bispo: Assim como o padre, utiliza do cargo para obter lucro. Sacrist o Sacrist o: : Tamb m cede a chantagem de Jo o Grilo na tentativa de enterrar o cachorro quando descobre que ficaria com tr s contos de r is. Ant nio Ant nio Morais Morais: : um major ignorante e autorit rio, que usa seu poder para amedrontar os mais pobres. Severino Severino: : um cangaceiro que encontrou no crime uma forma de sobreviv ncia, j que seus pais foram mortos pela Pol cia. Cangaceiro Cangaceiro: : um dos capangas de Severino. Vive fazendo de tudo para agradar seu chefe, ao qual idolatra. A A Compadecida Compadecida: : a pr pria Nossa Senhora. Bondosa e c ndida, ela intercede por todos no Julgamento. Emanuel Emanuel: : o pr prio Jesus Cristo, e tamb m o juiz do povo, julgando sempre com sabedoria e imparcialidade, mas tem o dom da miseric rdia. Nesta vers o, ele possui a pele negra, o que causa espanto em alguns. Encourado Encourado: : o Diabo. Vive tentando imitar Manuel, por isso exige rever ncias pelos lugares onde passa. o justo promotor do Julgamento, mas diferentemente de Emanuel e da Compadecida, n o possui miseric rdia.
Espao / ambiente Espa o / ambiente: paisagem nordestina Tapero , igreja, c u como espa o do julgamento p s-morte. Tempo: cronol gico Tempo: cronol gico os fatos s o din micos e em ordem.
A pea uma sntese do modelo medieval com o modelo regional: trabalha o tema religioso da moral cat lica (se aproximando dos temas barrocos), mas inserido no contexto nordestino, ou seja, regional. Por ser um dos objetivos do movimento modernista trabalhar tend ncias mundiais de forma regional, adaptando-se a nossa realidade, a pe a pode ser considerada como uma tend ncia modernista.